sábado, 27 de outubro de 2012



Mensagem 


A Mensagem é uma obra composta por três partes:

 Brasão;

 Mar Português;

  Encoberto.

 Cada uma destas partes está subdivididas em noutras: Brasão – 5 partes; Mar Português – 1 parte com 12 poemas e o Encoberto – 3 partes. Esta divisão tem um simbolismo ainda que de modo diferente e em tempos distintos. Corresponde à evolução do império português que tal como o ciclo da vida, passa por três fases:

Brasão – Nascimento/Fundadores;

Mar Português – Vida/Realização;

 O Encoberto – Morte/Ressurreição.




"Brasão"
O princípio da nacionalidade em que fundadores e antepassados criaram a pátria. Em  “Ulisses”, o símbolo da renovação dos mitos: Ulisses de facto não existiu mas bastou a sua lenda para nos inspirar. A lenda, ao penetrar na realidade, faz o milagre de tornar a vida mundana insignificante. É irrelevante que as figuras de quem o poeta se vai ocupar tenham tido ou não existência histórica O que importa é o que elas representam. Daí serem figuras incorpóreas, que servem para ilustrar o ideal de ser português. Em “D. Dinis”, símbolo da importância da poesia na construção do Mundo. Pessoa vê D. Dinis como o rei capaz de antever o futuro e interpreta isso através das suas acções.   

"Mar Português"
A realização, através do mar, em que heróis com uma grande missão de descobrir foram construtores do grande destino da Nação. Em “O Infante”, símbolo do Homem universal, que realiza o sonho por vontade divina: ele reúne todas as qualidades, virtudes e valores para ser o intermediário entre os homens e Deus. “Mar Português” é o símbolo do sofrimento por que passaram todos os portugueses: a construção de uma “supra-nação”, de uma Nação mítica implica o sacrifício do povo, “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!”. Em “O Mostrengo”, símbolo dos obstáculos, dos perigos e dos medos que os portugueses tiveram que enfrentar para realizar o seu sonho: revoltado por alguém usurpar os seus domínios.

"O Encoberto"
“O Encoberto” representa  a morte ou fim das energias latentes é o novo ciclo que se anuncia que trará a regeneração e instaurará um novo tempo. Em “O Quinto Império”, símbolo da inquietação necessária ao progresso, assim como o sonho: não se pode ficar sentado à espera que as coisas aconteçam; há que ser ousado, curioso, corajoso e aventureiro; há que estar inquieto e descontente com o que se tem e o que se é, “Triste de quem vive em casa/Contente com o seu lar/Sem um sonho, no erguer da asa.../Triste de quem é feliz!”. O Quinto Império de Pessoa é a mística certeza do vir a ser pela lição do ter sido, o «Portugal-espírito», vivente de cultura e esperança, tanto mais forte quanto a hora da decadência a estimula. Em “Nevoeiro”, símbolo da nossa confusão, do estado caótico em que nos encontramos, tanto espiritual e emocional como mentalmente: algo ficou consubstanciado, pois temos o desejo de voltarmos a ser o que éramos, “(Que ânsia distante perto chora?)”, mas não temos os meios, “Nem rei nem lei, nem paz nem guerra...”.






Mensagem44 Poemas







19

12

13





1.ª Parte
– Brasão –
I – Os campos
    1. O dos Castelos
    2. O das Quinas
II – Os Castelos
    1. Ulisses
    2. Viriato
    3. O Conde D. Henrique
    4. D. Tareja
    5. D. Afonso Henriques
    6. D. Dinis
    7(I). D. João o Primeiro
    7(II). D. Filipa de Lencastre
III – Quinas
    1. D. Duarte, Rei de Portugal
    2. D. Fernando, Inf. de Portugal
    3. D. Pedro, Reg. de Portugal
    4. D. João, Infante de Portugal
    5. D. Sebastião, Rei de Portugal
IV – A Coroa
    Nuno Álvares Pereira
V – O Timbre
    A Cabeça do grifo: O Infante D. Henrique
    Uma Asa do Grifo: D. João o Segundo
    A Outra Asa do Grifo: Afonso de Albuquerque

2.ª parte
– Mar Português –
I – O Infante
II – Horizonte
III – Padrão
IV – O Mostrengo
V – Epitafio de Bartolomeu Dias
VI – Os Colombos
VII – Ocidente
VIII – Fernão de Magalhães
IX – Ascensão de Vasco da Gama
X – Mar Português
XI - A Ultima Nau
XII: Prece




3.ª Parte
– O Encoberto –
I – Os Símbolos
    1. D. Sebastião
    2. O Quinto Império
    3. O Desejado
    4. As Ilhas Afortunadas
    5. O Encoberto
II – Os Avisos
    1. O Bandarra
    2. António Vieira
    3. 'Screvo meu livro à beira-mágoa.
III – Os Tempos
    1. Noite
    2. Tormenta
    3. Calma
    4. Antemanhã
    5. Nevoeiro





•Origem da nossa nacionalidade, destacando-se figuras míticas (“Ulisses” ) e históricas (“ D. Dinis” , “D. Sebastião, Rei de Portugal”, o sonhador, o lutador)

•Apogeu dos Portugueses conseguido pelas descobertas:
   – “ O Infante ”
   – “ O Mostrengo ”
   – “ Mar Português ”

•Fim das energias, simbolizado pelo nevoeiro que envolve Portugal.
•Vinca-se o mito sebastianista com a figura do Encoberto.
•Esperança e impaciência do poeta na vinda do Messias, para a construção do Quinto Império (“Quando é o Rei? Quando é a Hora?” – “Screvo meu libro à beira-mágoa” )





Nascimento

Vida

Morte










Ressurreição







A Mitologia em “Os Lusíadas”



Vénus
Deusa Romana do Amor e da Beleza. Conta o mito que nasceu dentro de uma concha sendo gerada pelas ondas. É uma das dinvidades mais venerada pelos gregos e romanos. Em “Os Lusíadas” Vénus é apresentada como  principal dinvidade que  apoia dos portugueses. 






Baco
Filho de Júpiter, Baco é o Deus do vinho.  Promotor da civilização, legislador e amante da paz levou a sua cultura à Ásia, Grécia e Índia. Em “Os Lusíadas” Baco é apresentado como sendo o principal opositor aos feitos dos portugueses .   





O Adamastor
Mítico gigante baseado na mitologia greco-romana. É o nome atribuido a um gigante filho da Terra , que se revoltou contra Zeus. Em “Os Lusíadas” representa as forças da natureza contra Vasco da Gama sob a forma de tempestade, ameaçando todos os que tentassem ultrapassar o Cabo da Boa Esperança.     
 

Zeus
Na mitologia grega Zeus é o Deus do Céu e da Terra e senhor do Olimpo. Na mitologia grega é conhecido como Júpiter. Os seus irmãos são o Posidon (Neptuno, Deus do Mar), Hades (Deus do submundo) e pai de alguns deuses como Apolo(Deus do Sol) e Atena (Deusa da guerra e das estratégias).