O Sebastianismo em “Os
Lusíadas”
O Sebastianismo, conhecido
também por mito sebástico ou mito do “Encoberto”, é um mito messeiânico
originadono desaparecimento do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir em
4 de Agosto de 1578, mas alimentando-se de raizes profundas, nomeadamente o
Bandarrismo (Anes Bandarra, antecessor a D. Sebastião) e ainda aos mitos
ensolares do Encobierto, além de outras fontes de profetismo judaico correntes
por toda a Europa. O Sebastianismo aproximou-se do Bandarrismo ao longo do
período da Restauração (1640), e de mitos e lendas sobre a independência.
A vontade que D. Sebastião
estivesse vivo, para garantir a restauração nacional, o caudal de dúvidas e
lendas acerca do seu desaparecimento, dão corpo a este mito messiânico português
que é o Sebastianismo, sendo uma “resposta” mítica do povo tiranizado,
humilhado pela independência perdida (“Enquanto fomos escravos de Felipe/Ovelhas seremos de D. Sebastião”).
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