domingo, 4 de novembro de 2012



Interacção entre a “Mensagem” e “Os Lusíadas”
 Em ambas as obras os poetas debruçam-se detalhadamente sobre o Herói individual ou colectivo, real ou mítico, distinguindo-os e cantando-os,  porque merecem e porque os querem oferecer como exemplo e mensagem aos portugueses dúbios.
Camões apelidaos de “barões” e Fernando Pessoa de “Mestre da Paz”.
Na Dedicatória em “Os Lusíadas”,  Vasco da Gama descreve e narra ao Rei de Melinde os primórdios da Terra Lusitana, bem como os principais acontecimentos e figuras que a notabilizaram.
O Rei D. Sebastião, jovem, era para os portugueses de quinhentos o garante da independência da pátria. Camões anima-o, colocando-o nos pícaros da herocidade, tentando com o seu apelo, conservá-lo por muito e heróico tempo. Mas o Rei desapareceu e com ele a gema dos valorosos.  A Pátria não acreditou que perdera a independência para os Filipes assim tão fácil e abruptamente. Só 60 anos mais tarde, a 1 de Dezembro de 1640, a independência retornou.
Fernando Pessoa traz à memória dúbida dos Portugueses do século XX e da “erma noite”, em que vivem, o exemplo dos antepassados, fazendo um apelo ao patriótico para que eles recriem a grandeza “do dia claro”, do Império que já foi e se desfez com a morte de D. Sebastião . Mas, há diferença entre sebatianismo quinhentista e o pessoano. O primeiro ainda foi real durante algum tempo, passando depois à saudade e ao mito. O segundo arrecada do mito e da saudade a sua força e esvai-se em sonho e ilusão, indo busacr ao passado a esperança da recriação do império Português pré-sebastianista para o século XX, que se encontrava decadente e no mar revolto das diatribes politicas e culturais, inócuas e prevessas para o País.      
 



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